quarta-feira, 15 de junho de 2011

aprenda a crimpar cabos de rede

Atualmente é comum que existam redes de computadores, não apenas em empresas, onde a rede pode ser composta por centenas de computadores, mas também em casas, onde pode haver uma rede de apenas dois computadores.

Um quesito muito importante para o funcionamento da rede são os cabos de rede (quando não se tratando de redes sem fio). Afinal, eles são responsáveis pela transmissão de dados na rede, sejam dados referentes à internet, transferência de arquivos entre micros ou ainda compartilhamento de impressoras ou algum outro periférico.

Por possuírem tal importância, deve-se ficar atento para que os cabos estejam corretamente arrumados. Para tanto, é necessário que se dê a devida atenção a alguns itens, que vão desde o tamanho máximo que esses cabos podem ter até o modo seus plugs serão crimpados.

E por falar em “crimpados”, aí está uma palavra que é muito discutida quando o assunto é cabos de rede. Algumas pessoas dizem que o correto é “grimpar”, outras dizem “climpar”, e algumas ainda retiram o “m”, falando apenas “clipar”. Apesar da palavra ainda não constar nos dicionários (segundo pesquisas nos dicionários Houaiss e Michaelis), a forma mais sensata de pronúncia e escrita é crimpar.

A explicação é simples: assim como inúmeras palavras relacionadas ao ramo da informática (tais como mouse, site e HD), a palavra “crimpar” deriva do verbo da língua inglesa “To crimp”, o qual significa algo como moldar uma superfície (que é mais ou menos o que é feito ao crimpar cabos de rede).

Materiais Necessários

Para crimpar seus cabos de rede você irá utilizar as seguintes ferramentas:
  • Alicate de crimpagem;
  • Conectores RJ-45 (um para cada ponta do cabo);
  • Cabo de Rede (também chamado de Cabo de Par Trançado ou Cabo UTP (Unshielded Twisted Pair – falando de modo mais técnico, o modelo mais utilizado é o UTP CAT 5).
Materiais necessários
Algumas pessoas utilizam estilete para cortar a capa de proteção do cabo, porém o alicate de crimpagem já possui lâmina para o corte, e ao utilizar estilete é muito fácil de cortar os fios dos pares trançados do cabo de rede (o que também pode ocorrer ao utilizar a lâmina do alicate), e caso isso ocorra você deverá iniciar uma nova ponta, cortando fora a ponta danificada.

Antes de Começar...

Antes de iniciar o trabalho será interessante você saber qual o melhor modo de organizar a sua rede. Existem alguns detalhes que devem ser levados em conta: há limitações quanto ao tamanho máximo do cabo (o máximo recomendado é 100M) e há mais de um modo de crimpar a ponta dos cabos (havendo inclusive um modo que dispensa o uso de HUB/Switch (para mais detalhes sobre o que é HUB/Switch clique aqui), chamado de Crossover ou Cabo Cruzado).
Exemplo de HUB/Switch

Se você precisar utilizar mais de 100M de cabo, o recomendado é que se utilize um HUB/Switch em meio ao trajeto. Isso vale tanto para conectar um computador diretamente ao HUB/Switch quanto para conectar um HUB/Switch a outro, e é chamado de repetição.

O tamanho de 100M é um tamanho médio aconselhável. Dependendo da qualidade do cabo e da placa de rede utilizados é possível ultrapassar um pouco este limite. Tudo dependerá da qualidade do material utilizado.

Existe também um tamanho mínimo aconselhado, o qual é de 30cm. É bom também não deixar o cabo de rede junto a cabos de energia elétrica (como pode acontecer quando se usam canaletas para a instalação), pois os cabos de energia podem gerar uma interferência eletromagnética na transmissão de dados do cabo de rede.
Cabo de rede
Um Pouco Mais Sobre o Cabo

Ao abrir o cabo de rede você perceberá que ele possui oito fios, os quais são coloridos e estão divididos em pares. Você verá também que os dois fios de cada par estão entrelaçados, de modo que estão separados em cores. É comum que esses fios internos sejam chamados apenas de pares. Os pares são trançados justamente para ajudar a evitar que haja interferência eletromagnética na transmissão de dados.

Cuidados Com os Cabos
É recomendado que primeiramente você passe os cabos pelas tubulações desejadas, uma vez que é muito mais fácil realizar tal tarefa com os cabos sem os plugs. Também é aconselhável que não seja feito o reaproveitamento de cabos de rede, pois quando é feito esforço para retirar o cabo do local onde ele se encontrava pode ocorrer a quebra dos fios internos, comprometendo o funcionamento do cabo.

Seja atencioso com a passagem e fixação dos cabos, assim como na hora de crimpar suas pontas. É muito chato quando a rede não está funcionando e após um tempo tentando fazê-la funcionar descobre-se que os fios do cabo tinham sido quebrados durante a passagem pela tubulação ou que a crimpagem estava malfeita.
Padrões de Ordem dos Fios
Antes de iniciar a crimpagem, escolha um dos padrões de sequência para as pontas. Existem dois padrões mais utilizados: eles são conhecidos como EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B. Ambos funcionam perfeitamente.

Padrão EIA/TIA 568BPadrão EIA/TIA 568A









Existem ainda dois tipos de cabo: os cabos diretos, e os cabos crossover. Nos cabos diretos, ambas as pontas são feitas utilizando o mesmo padrão, enquanto nos cabos crossover uma ponta utiliza o padrão EIA/TIA 568A e outra o EIA/TIA 568B. Em alguns casos, o padrão de uma delas foge de um desses dois. Isso será explicado logo abaixo.
Cabo Direto
Os cabos diretos são utilizados para interligar computadores e HUBs/Switchs. Nestes cabos, as pontas devem ser exatamente iguais, pois caso contrário a transferência de dados não irá ocorrer. O padrão utilizado em um dos cabos deverá ser o mesmo na rede inteira.

É verdade que você pode criar a sua própria sequência e utilizá-la em sua rede, entretanto é extremamente aconselhável que você utilize uma destas duas sequências sugeridas. Não apenas por questões de funcionamento correto, mas também por questões de padronização. Se outra pessoa precisar corrigir algum problema em seus cabos, ela saberá qual é a sequencia utilizada e será muito mais fácil para solucionar o problema.

Os padrões são desta forma, pois foram os melhores modos encontrados para que houvesse o mínimo possível de interferência eletromagnética no cabo, seja esta externa ou gerada pelo próprio cabo, e é justamente por isso que os pares são trançados entre si. Se você desejar usar uma sequência própria por achar muito difícil crimpar o cabo utilizando uma das duas sequências mencionadas, tenha em mente que você terá grandes chances de ter uma rede que não funcione com desempenho total ou até mesmo que não venha a funcionar.
Crossover
Caso você precise interligar apenas dois computadores, você pode utilizar um cabo do tipo crossover, o qual dispensa o uso de HUB/Switch. Se você precisar compartilhar a internet, será necessário que um dos dois computadores possua duas placas de rede. Em uma delas você ligará o cabo crossover e em outra o cabo da internet, o qual será um cabo direto. Os cabos crossover também devem ser utilizados para ligar um HUB/Switch a outro.

Quando utilizar cabo crossover ou cabo direto

Há um detalhe importante: se as placas dos computadores da rede forem placas com velocidade de 1000Mbits (o que atualmente é bastante comum em computadores novos), você deverá utilizar outro padrão (um pouco diferente dos EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B) em uma das pontas para que a transmissão de dados possua a máxima velocidade possível. Caso contrário, a velocidade máxima utilizada será de 100Mbits. A rede funcionará normalmente, porém não na velocidade total.

Existem dois padrões para este tipo de crossover. Dependendo do padrão que você escolher para a outra ponta do cabo, seja EIA/TIA 568A e ou EIA/TIA 568B, você deverá escolher uma das duas para a outra ponta. Observe nas imagens abaixo os padrões de crossover para redes de 1000Mbits.
Ordem para crossover com o padrão EIA/TIA 568A para redes de 1000MbitsOrdem para crossover com o padrão EIA/TIA 568B para redes de 1000Mbits




Detalhes do Alicate
Antes de iniciar, observe o alicate de crimpagem. Nele existem dois tipos de guilhotinas: uma para desencapar os cabos e outra para aparar os fios. Em alguns casos existe um sulco no qual o cabo deve ser inserido para ser descascado. Existe também um conector no qual serão crimpados os conectores RJ-45.
Guilhotina para aparar os fios e sulco para descascar o cabo
Local para crimpar o conector e guilhotina para descascar o cabo

Mãos à Obra!

Agora que você já sabe os tipos de cabo e quando deve usá-los, e também já conhece o alicate de crimpagem, é hora de começar o trabalho. Escolha um padrão de sequência para as pontas dos cabos e lembre-se de usar apenas este padrão em toda a rede (salvo em casos de conexão de HUB/Switch com outro HUB/Switch, que é quando  se faz necessário o uso de cabo crossover). Veja agora como crimpar os cabos.

Corte um pedaço da capa do cabo. Faça isso colocando o cabo no compartimento para descascar a capa do cabo  e girando o alicate, de modo que a capa que envolve o cabo seja cortada. Não utilize muita força, pois se fizer isso você poderá cortar um dos fios internos do cabo. Caso isso ocorra, reinicie o processo.

Insira o cabo no sulco do alicate Gire o alicate para desencapar o cabo
Os cabos coloridos estarão separados em pares, e cada par possui uma cor específica. Separe os cabos estique-os para deixá-los bem lisos, para que assim fique mais fácil e eficiente de se trabalhar com eles.
Fios separados e esticados
Separe as pontas na ordem correta, e utilizando a lâmina para aparar os fios, corte-os de modo que fiquem bem alinhados. Após isso, insira-os no conector RJ-45. Com a trava virada para baixo e com as pontas metálicas viradas para o lado oposto ao seu, interprete a sequência que vai de um a oito, contado da esquerda para a direita.
Não deixe que os fios coloridos fiquem para fora. A capa do cabo deve ficar dentro do conector RJ-45, quase até a metade do conector. Se isso não ocorrer, diminua o tamanho dos fios internos até que isso ocorra.  Observe as fotos abaixo e veja como seu cabo deverá ficar ao final do processo.
Cabo inserido no conector de maneira incorretaCabo inserido no conector de maneira correta

Certifique-se de que todos os fios coloridos estão chegando até o final do conector, de modo que quando você for crimpar os conectores, as placas douradas encostem em todos os fios coloridos. Caso isso não ocorra em todos os fios, não haverá contato entre o fio e a placa dourada, e os dados não serão devidamente transmitidos.
Fios chegando até o final do conector
Após ter se certificado que os fios estão chegando até o final do conector, insira-o no compartimento do alicate para finalmente crimpar o cabo. Insira o conector conforme mostrado na imagem abaixo e pressione o alicate com força para que as travas metálicas encostem nos fios coloridos. Após isso, analise o conector e certifique-se de que todas as travas estão abaixadas. Caso alguma não esteja devidamente abaixada, repita o processo.
Conector inserido no alicate
Sua rede está pronta! Agora é hora de configurar os computadores e finalizar o trabalho para que você possa compartilhar dados na rede. Você pode conferir outros artigos que explicam como fazer as configurações de rede nos links abaixo:

texto tirado  do tec mundo 




como manusear as peças?

Para quem nunca o fez antes, montar computadores pode ser uma tarefa um pouco complicada. São dúvidas de vários tipos e que têm diferentes soluções. Porém, muita gente se prende ao “montar”, propriamente dito e esquece que para poder fazer isso é preciso manusear as peças. É nesse momento que muitos erros e danos são causados às peças do seu computador.
Como sabemos, os computadores são compostos por circuitos eletrônicos que exigem cuidado ao serem tocados. O corpo humano produz eletricidade estática e é justamente esse tipo de condução de energia que compromete as peças do seu computador. Por isso, é importantíssimo que você procure sempre fazer descargas estáticas em objetos que não sejam os componentes do seu PC.
Todo cuidado é pouco para manusear peças de computador!
Para fazer isso procure alguma superfície metálica não pintada – pode ser a fonte de alimentação do computador (desde que não tenha sido pintada), partes do gabinete ou então janelas metálicas sem camadas de tinta. É importante lembrar que se deve tocar essas superfícies metálicas com as duas mãos. Porém, se você tocar a fonte, certifique-se de que ela está ligada ao fio terra da rede elétrica da sua casa, se não for possível, verifique se há alguma ligação neutra. Isso fará com que a descarga seja mais eficaz.
Toque superfícies metálicas a cada 15 minutos para evitar choques eletrostáticos
Verifique se a fonte do seu computador está conectada a um filtro de linha ou estabilizador que tenham sido desligados nos botões. Isso garantirá que não existe energia circulando pelos circuitos nesse momento, mas permite que a estática seja descarregada nesses objetos. Outra opção bastante utilizada é a pulseira anti-estática.
Preste muita atenção na hora de manusear os componentes!Como geramos estática?
Todos devem lembrar daquela brincadeira de esfregar uma bexiga cheia de ar em um pedaço de tecido e depois passá-la próxima aos cabelos. O que acontece depois é ficar com os cabelos em pé, devido à eletricidade estática. Quando existe atrito com objetos similares pode gerar esse tipo de energia. Um bom exemplo acontece quando andamos sobre carpetes e o ambiente em que estamos é seco. A voltagem gerada por esse processo pode chegar até 35.000 Volts, se a umidade relativa do ar for muito baixa.
Então existe um choque?
Sim, existe um choque. Contudo, ele acontece tão rápido que não somos capazes de senti-lo, nesses casos. Não sentir o choque acontecer não significa que ele nunca existiu. Os transistores que compõem os circuitos do seu computador são tão pequenos (em média eles têm 0,0001 milímetros) que são rapidamente queimados por uma descarga dessas. Trata-se de uma questão de proporção. Para o nosso corpo, que é milhares de vezes maior que um transistor, os efeitos desse choque são irrelevantes. Entretanto, o tamanho ínfimo da peça não a confere capacidade para aguentar o choque e o equipamento acaba sendo danificado.
O que fazer para proteger os circuitos?
O grande segredo está no jeito com que seguramos as peças. Depois de ter feito as descargas em objetos metálicos ou então ter colocado a pulseira anti-estática e conectado-a ao terra da rede elétrica, é hora de aprender como segurar os componentes para a montagem correta e segura do seu computador.
O problema está em tocar os circuitos diretamente com as mãos. O procedimento correto envolve segurar as placas e outras peças pelas laterais, de modo que os dedos não fiquem sobre os contatos metálicos. Quando se toca uma peça sem qualquer um dos cuidados citados aqui o risco de tê-las danificado para sempre é muito grande!
Abaixo você vê as imagens de “Certo” e “Errado” quanto ao modo de segurar uma peça.

Segure as placas pelas laterais! Não toque os circuitos!
Procure evitar o contato direto com os circuitos! Manusear corretamente evita prejuízos!
Tocar os circuitos podem danificar a peça para sempre! Segure o HD pela parte metálica!
Procure manusear a fonte com as duas mãos! Segurar a fonte pelos fios é errado!
Assim como o HD, os drives também devem ser manuseados corretamente! Evite tocar os conectores! Eles podem ficar tortos e ter o funcionamento prejudicado!
Tome mutio cuidado com a placa mãe! Sem ela o computador não funciona! Não toque os circuitos da placa mãe sob hipótese alguma!
Todo o cuidado é pouco quando for manusear o processador! Nunca toque os pinos do processador! Procure segurá-lo pelas laterais!
Estragou, e agora?
Se o computador apresentar problemas, procure trocar a assistência técnica!Se você ou qualquer pessoa que tenha ficado responsável de consertar o seu computador não tomou as providências de proteção, sem dúvidas o computador irá apresentar algum tipo de problema. Esse tipo de dano não escolhe tempo de uso. Por isso, aquele computador novinho em folha que você montou ou comprou de alguém já está apresentando problemas, pode preparar o bolso para comprar novas peças.
Sempre que se toca uma peça sem o devido cuidado, pode-se causar dois tipos diferentes de dano: os imediatos (e catastróficos) e os latentes. A diferença entre eles está no tempo para a manifestação do problema. Os danos imediatos são notados logo que se instala a peça e realiza-se o teste. O computador irá funcionar mal ou até mesmo não funcionar, caso um dano imediato – também chamado de catastrófico – tenha ocorrido.
Já os danos latentes são aqueles que podem demorar algum tempo até se fazerem notar. Pode levar meses até que a peça comece a apresentar sintomas de mau funcionamento. A partir desse momento, o componente pode parar de funcionar logo no primeiro erro ou então manter uma intermitência, isto é, funcionar bem em um momento e logo depois não operar mais.
A única solução é verificar se os produtos estão dentro da garantia (se houver uma) e procurar a loja em que o computador foi comprado para realizar uma troca. Caso não haja nenhum tipo de garantia da loja ou do técnico responsável pela montagem do seu computador, o prejuízo, infelizmente, será todo seu.
testo tirado do site tec mundo